Vivências Sucessivas (Re-Encarnações)





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 1

O Risco do Bordado



Vivências Sucessivas (Re-Encarnações)

Janine Milward

Sendo poeira de estrelas, temos em nosso corpo e conseqüentemente em nossa mente, guardados toda a herança deixada pelas estrelas nossas antecedentes, como uma árvore genealógica da galáxia, do universo em que vivemos. Assim, existe dentro de nós e em nós o passado, o presente e o futuro, tudo dentro de nossa vida, numa mesma simultaneidade do universo.

Podemos, então, compreender que existe vida em toda a Criação.  E podemos também compreender melhor sobre essa vida a partir de nossa própria expansão de mente.  Dessa maneira, o homem possui esse imenso privilégio de expansionar sua mente e dessa forma, poder compreender melhor o universo que o rodeia e também a si mesmo.

Ao longo da vida do universo em que vivemos – ou mesmo, quem sabe, de outros universos existentes na Criação como um todo -, nosso Espírito e nossa Alma – energias de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, vão amealhando sua expansão de mente, vida após vida, em vivências sucessivas – as chamadas re-encarnações.







Espírito e Alma fusionados ao Ego, dentro do corpo físico

Janine Milward


Em tudo existem Espírito e Alma, na Criação.  Espírito e Alma são expressões máximas do Criador e que se multiplicam infinitamente ao longo da Criação, através da Criação.

Ao longo da Criação, através da Criação, vai se ampliando a Mente derivada desse Espírito e dessa Alma.  A consciência dessa Mente é o Ego - que conhecemos tão vividamente dentro da figura humana, não é mesmo?

Porém, esse Ego está enlaçado à materialização dessa Alma que traz consigo esse Espírito: é o corpo físico.  Sendo assim, é preciso que haja a verdadeira Yoga, a fusão entre alma e ego - em nossa vida, em nossa encarnação, em nosso corpo.  Essa verdadeira e consciente fusão é que vai possibilitar a ampliação de nossa mente.  O ego estará a serviço dos desejos da alma a serem vivenciados nessa encarnação - e não ao contrário!

Nossa alma carrega consigo, ao longo de suas trilhões de encarnações evolutivas dentro desse nosso universo, nosso espírito divino derivado do Tao da Criação, assim eu penso.   Então, existem várias encarnações, em corpos diferenciados, dentro da imensidão da encarnação que faz esse nosso universo acontecer - assim como a gente o conhece.

E certamente, quando se forma a alma, é que já existe uma intenção, um desejo claro de evolução acionando as materializações, as encarnações...., até que se chegue alcançar a alma humana, trazendo consigo a mente humana.  Não podemos nos esquecer que sempre essa alma estará trazendo consigo o Tao da Criação, sua luz divina, seu espírito divino, o Uno.  No entanto, a alma acaba se multiplicando porque vai encarnando sempre, uma encarnação após a outra em vivências sucessivas.

Assim, o mapa astral, que eu denomino de Risco do Bordado, é nada mais do que uma expressão do desejo de encarnação da alma e suas histórias acumuladas que ela deseja revivenciar e recontar nessa encarnação de aqui e agora, ao mesmo tempo em que também deseja trazer para si sua evolução, criando a partir da ampliação de sua consciência, novas histórias a serem acumuladas de hoje, do presente para seu futuro - seja ainda nessa vida ou seja já para vidas a virem adiante.

O corpo físico - juntamente com a alma abrigando seu espírito eterno e a mente do Tao da Criação já em considerável estado de conscientização - apresenta então o seu ego.

Podemos compreender, então, de forma bem simplificada, que a alma é mais  transcendente e subjetiva, vivenciando as várias dimensões da vida sob o Tao da Criação.  E o ego é  mais objetivo, mais voltado para as dimensões mais aprisionantes da materialização em si, da encarnação do corpo físico em si.

Quando chegamos a um momento de nossa vida  - ou de nossa evolução dentro de nossa sucessão de vivências... -, quando realmente ampliamos nossa mente e nossa consciência se ilumina bem mais, se expande iluminadamente e mais infinitamente, conseguimos nos colocar num Caminho de bem fusionarmos nossa alma com nosso ego.  É um momento de intensa proficiência em nossa vida, é o nosso grande diploma de aprendizado de vida dentro da Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação.



A Encarnação propriamente dita no Planeta Terra

Janine Milward

Chega então, o momento sublime em que o Caro Amigo das Estrelas sente que deve descer a este nosso planeta Terra... Primeiramente, é preciso você entender, Caro Amigo das Estrelas, que você e eu, o todo e o tudo, fazemos parte da história do universo sim, e não apenas isso, contamos essa história.

Contamos esta história através das luzes das estrelas, dos planetas e dos cometas e asteróides, quem sabe também anjos, que cruzam o quadro negro do firmamento, do céu que nos rodeia.

A verdade é, Caro Amigo das Estrelas, que o Criador conta a nossa história do universo como um todo e de cada um de nós em particular através das luzes das estrelas contra o pano de Fundo do Céu, como se fossem letrinhas que, juntadas, constróem suas histórias.

Esses são os arquétipos primordiais que são percebidos e apreendidos e transformados em símbolos pela mente do homem e são agregados aos seus inconscientes pessoais e coletivos e aos seus conscientes pessoais e coletivos. Essa é a biblioteca cósmica, o compêndio da vida que sempre pode ser acessado, principalmente através da pureza de nossos corações e de nossa mente em estado de meditação e em sua entrada no Vazio.

Dessa forma, não necessariamente, a meu ver, você ou eu precisamos passar por este planeta Terra mais de uma vez...., entende? O universo é muito grande e possui várias e várias Estações adequadas para a parada - momentânea - do nosso Trem da Vida.

A Terra - dentro da nossa Galáxia, a Via Láctea - e dentro do nosso universo neste seu momento de vida (que ainda se encontra em sua adolescência com muita vida para viver ainda!), é uma Estação absolutamente privilegiada, pronta para receber as Almas, contendo seus Espíritos ligados em seu cordão umbilical cósmico com o início e o fim do nosso universo, em sua materialização.

A Terra é uma Estação de Trabalho e de Iluminação.... e conseqüente Liberação, ou Imortalidade.

Na Terra, todos precisam se doar uns aos outros e isso acontece através do Trabalho.  É importante que cada um trabalhe com aquilo que é mais próximo ao seu dom natural e essencial e que certamente possa lhe bem estruturar sua vida materializada.

A Terra é uma Estação de Trabalho porque é aqui que podemos nos materializar em bom nível, não é mesmo assim que você sente? E porque vivemos nesse planeta aonde o ouro é abundante (e é preciso se compreender que o Ouro, dentro da alquimia do universo, é muitíssimo raro e nobre) e esse ouro nos leva a termos que trabalhar para mantermos nossas vidas animais e espirituais, para trocarmos nosso trabalho com todos os outros seres aqui também materializados e, finalmente, para conseguirmos realizar nossa Missão de Encarnação através do trabalho.

Ao bem realizarmos nossa missão de encarnação através do trabalho, poderemos então, ingressar no nosso Caminho da Iluminação. Luz é matéria.





A Descida à Encarnação

Janine Milward

É você, Caro Amigo das Estrelas, quem escolhe o momento adequado para sua descida na Terra, sempre estruturado pelo Tao da Criação, o momento em que - a partir da latitude e longitude deste Planeta onde você estará nascendo do pai e da mãe que também você escolherá (serão eles que transmitirão a você todo o dna de conhecimento deste sistema Solar e do nosso planeta)... porque este instante cósmico escolhido por você expressa, num primeiro momento, aquilo que sua Alma deseja vivenciar nesse aqui e agora de seu Trem da Vida, nesta Estação.

O Mapa Astral, então, se faz a partir de seu nascimento, como uma fotografia do céu em nível de 360 graus, captando, num primeiro momento, o Sol e a Lua (os arquétipos do Pai e da Mãe) e os nossos irmãos Planetas (cada irmão tem uma forma própria de ser) e mais alguns outros pontos matemáticos ou mesmo pontos de luz, todos contra o pano de fundo, em seu aparente andar, das constelações ou signos do Zodíaco, o anel da vida.

Temos, como você mesmo pode ver, os atores, os coadjuvantes e o cenário. O Texto é o próprio Mapa Astral que vamos chamar de O Risco do Bordado. Esse Risco do Bordado é realizado por sua Alma - que é a Diretora desta peça cósmica - inspirado naquilo que seu Espírito primordial - o Autor -, atado ao cordão umbilical da Suprema Consciência do Tao da Criação, lhe sopra no coração e na mente.

Dessa maneira, Caro Amigo das Estrelas, você pode perceber que sempre, sempre, você é a primeira e última pessoa responsável pelo seu Risco do Bordado, por sua vinda a esta Estação Terra - sem nunca deixar de ser sempre estruturado pelo Tao da Criação, certamente.

Também este pensamento pode lhe deixar sentir um pouco Solitário.... é assim mesmo. Somos todos Solitários dentro do universo - que é absolutamente impessoal - e, no entanto, somos todos partes adjuntas e conjuntas que formam o universo - o que lhe incute alguma pessoalidade.

Srii Srii Anandamurti nos diz:

“Você nunca está só ou desamparado.
A força que guia as estrelas guia você também”

E mais ainda, é bem possível que esta vida nossa do aqui e agora seja apenas uma entre tantas outras nossas vidas que nos acontecem em universos paralelos... por que não? Existindo a simultaneidade do passado, presente e futuro, também somos nós existentes dentro dessa simultaneidade e nosso Espírito, certamente, sempre atado ao cordão umbilical do nosso universo, pode se manifestar pluralmente.

O diferencial do planeta Terra, onde privilegiadamente estamos encarnados, é que, sendo luz matéria, é aqui que temos a possibilidade de bem realizarmos nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação.


É uma oportunidade imperdível.... que, infelizmente, a maioria perde.





A Entrada na Encarnação

Janine Milward

Outra questão que vemos envolvida num bom trato com a Astrologia, é o fato de que não necessariamente – a meu ver, opinião absolutamente pessoal minha – entramos na encarnação nascendo em ninho familiar acolhendo os mesmos seres com quem vivenciamos determinada situações de vidas passadas e que estas determinadas situações fazem parte de nossa síntese de cumprimento de Karmas e de Dharmas constantes em nossas vivências nessa vida.

Eu penso que não é uma questão pessoal – entre seres que já conviveram literalmente entre si no passado – e sim uma questão absolutamente impessoal em termos dos seres com quem estamos convivendo nesta nossa vida atual.

O que acontece, a meu ver, é que neste nosso momento de encarnação e no ninho familiar em que somos acolhidos, outros seres também estão envolvidos e cumprindo seus próprios momentos de encarnação e cumprindo seus próprios Karmas e Dharmas de encarnação.

Não são questões pessoais diante de seres que pessoalmente já conviveram no passado, em outras vidas, e sim são seres que vieram à encarnação com esta intenção e que estão atuando neste ninho familiar para fazerem acontecerem suas vivências de Karmas e de Dharmas pessoais, entende – mas não são situações pessoais, não são ajustes de contas, digamos assim, e é importante que se defina essa questão como absolutamente impessoal e eu tenho a maior certeza de que, quando já estivermos em outro momento de vida, em outro ciclo de vida – ou mesmo em outra dimensão de Vida -, estaremos compreendendo isso de maneira bem clara.

E, da mesma forma, vão acontecendo nossas inserções em Karmas e em Dharmas sociais e financeiros e raciais, em heranças, etc.

Quer dizer, a vida, a meu ver, é como uma peça teatral que estamos vivenciando neste momento e cada um de nós é o ator ou a atriz principal desta peça teatral e vivenciamos esta nossa vida junto a outros atores e atrizes que também se julgam principais e todos vão cumprindo seus Karmas e Dharmas idealizados por suas Almas ao tecerem seus Riscos do Bordado ainda antes de suas entradas na encarnação.

E não existem situações pessoais de ‘ajustes de contas’, nem em termos agradáveis e nem em termos menos agradáveis: são situações absolutamente impessoais e de caráter absolutamente pessoal para cada um dos atores ou atrizes que fazem parte desta mesma peça teatral, apenas isso.

Complementando e tentando explicar mais claramente: nossos pais e irmãos e tios e avós e primos e etc. são seres cumprindo seus papéis nesta atual encarnação, nessa peça teatral que é a nossa vida.  É oportuno, cabe, encaixa cada um dos papéis sendo vivenciados por cada ente familiar – sem que, no entanto, existam verdadeiramente laços familiares advindos de encarnações anteriores.  Assim eu penso.

São cumprimentos de papéis, porém denominamos tudo isso de família e de vivências de Karmas e de Dharmas familiares,  incluindo os Karmas financeiros e econômicos e sociais e raciais e culturais, etc.

Não necessariamente estas Almas teriam se encontrado em encarnações anteriores e não necessariamente estas Almas estarão se encontrando em encarnações posteriores.  São Almas alquimizadas nesta atual encarnação para cada uma cumprir seu papel e os papéis de cada um fazem parte do conjunto das situações a serem vivenciadas.

Em outra dimensão, essas Almas – que encarnaram num mesmo ninho familiar, digamos assim -, podem até se reencontrar, sim, por que não?  No entanto, voltam a ser simplesmente Almas coletivizadas e acolhidas por um mesmo Espírito, o Tao da Criação, Deus, como quer possamos denominar o Uno, o Absoluto, a Suprema Consciência.

Quer dizer, ao encarnarmos, pensamos que somos separados uns dos outros...., porém, ao retornarmos à uma Dimensão menos materializada, digamos assim, percebemos que Almas acontecem a partir de seus Espíritos próprios e esses Espíritos próprios são apenas uma fagulha de luz de um Sol..... ou seja, não existem fagulhas de luz de um Sol: existe apenas um Sol e o resto é apenas ilusão.

O que eu penso é que, num primeiro momento de nossas vidas, nossa história familiar nos parece ser alguma questão absolutamente indestrutível em nossas vidas.  Quando as situações são agradáveis, temos prazer nestas questões que nos parecem absolutamente indestrutíveis; porém, quando as situações não são agradáveis, será que devemos continuar a termos prazer em considerar essas questões como absolutamente indestrutíveis?

Onde está nossa consciência absolutamente individualizada sobre nós mesmos – apesar de histórias ou agradáveis ou desagradáveis que podemos ainda trazer em nossas memórias de nossas histórias familiares do passado?



Histórias e Estórias


Histórias e Estórias desse passado ainda permanecem em minha vida, em minha mente, em minha memória..., porém são histórias e estórias que também fazem parte da vida de meus pais e de meus irmãos..., e cada um possui uma forma própria de não quebrar esse ciclo, essas histórias e estórias – porque são inquebrantáveis.

Objetos, fotografias, vozes, lembranças....: será o passado mesmo ou tudo ainda permanece no presente e ainda estará presente no futuro do passado que se tornou presente...

Porém, são histórias e estórias do passado e o passado vai se distanciado mais e mais e mais e mais, tornando-se apenas histórias e estórias...., e se eu as tiver que contar ou recontar, estarei aumentando um ponto – porque quem conta e reconta uma história ou estória, sempre aumenta um ponto.

Esse ‘aumento de ponto’ é a inclusão de minha consciência não somente sobre estas mesmas histórias e estórias como minha própria inserção nas mesmas através a minha própria consciência.  Quer dizer, as histórias e as estórias continuam existindo em seus ciclos inquebrantáveis, sim, porém sempre a partir de minha própria consciência e da própria consciência de meus pais e de meus irmãos...., e, dificilmente, encontrar-se-ão coincidências fantásticas nessas histórias e nessas estórias.... porque pai e mãe e cada um dos irmãos fazem permanecer os ciclos inquebrantáveis, sim, porém através de suas próprias consciências.

Quer dizer, existe uma quebra nesses ciclos inquebrantáveis, ou seja, não existem ciclos inquebrantáveis e tudo apenas resta enquanto história ou estória... e quem quiser que conte outra.

Fotos, objetos, heranças, memórias..., tantas histórias e tantas estórias existem, não é verdade?  E nossa veneração aos antepassados e respeito a aqueles que já representam o futuro dos ciclos formados pela família original? 

Tudo isso existe, sim, porém a grande sacada, a meu ver, é compreendermos que somos tudo isso mas também somos muito antes de tudo isso e somos muito depois de tudo isso – quer dizer, na eternidade de nosso ciclo pessoal de nós mesmos, somos tudo aquilo que é nosso passado, de encarnações em zilhões de encarnações anteriores e somos tudo aquilo que é nosso presente nessa encarnação do aqui-e-agora e da qual temos essa nossa consciência egoica...; e somos tudo aquilo que é nosso futuro, em zilhões de encarnações posteriores.

Esse conceito da eternidade de nosso ciclo pessoal próprio e o fio da meada que nos une hoje à essa eternidade do passado e do presente e do futuro é aquilo que podemos chamar de Dharma.  Dharma é aquilo que repousa no mais profundo de nosso âmago, no âmago do âmago.  Dharma mora na Alma e a Alma mora no Espírito.  E o Espírito mora no Tao, no Espírito do Tao.

Karma é ação e a ação acontece a partir de nossa materialização, de nossa encarnação.  Karma de ações agradáveis e Karma de ações não tão agradáveis.  Uma vez mais digo: o Risco do Bordado é uma síntese realizada pela Alma em termos de como vivenciar seu Dharma enquanto vai vivenciando essa síntese de Karmas a serem vivenciados, resgatados e exauridos nesta encarnação.  E quanto mais pudermos evadir de histórias e estórias que nos agrilhoam como se únicas verdades fossem nesta nossa encarnação atual, melhor – porque estaremos nos proporcionando a oportunidade de trazermos à tona, do âmago de nosso âmago mais profundo, nosso Dharma inteiramente conscientizado.  E o melhor da vida é quando a gente consegue aliar o Ego à compreensão real do Dharma, o Ego aliado à Alma.  As histórias e as estórias ficam para trás e dá-se lugar para a eternidade de nós mesmos.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti 





Quem sou eu

Minha foto
Sou uma estudiosa de alguns aspectos da vida.