Os Planetas Sociais Júpiter e Saturno





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 1

O Risco do Bordado


Os Planetas Sociais
 Júpiter e Saturno


Janine Milward


Vimos - dentro dos conceitos da Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento -, acerca nosso Sublime Yang e nosso Sublime Yin, questões fundamentais dentro do Mundo da Manifestação através a Mandala do Tai Chi que expressa a Luz e a Não-Luz e que podemos representar através nosso Sol e nossa Lua, em relação a nós, terráqueos, habitantes do Planeta Terra, Estação de materialização plena que permite nosso Trabalho e nossa Iluminação.

Vimos também que dentro dessa Família formada por nosso Sol - nosso Sistema Solar -, habitamos a Terra, nossa Mãe-Gaia, porém convivemos muito intimamente com nossos Irmãos Planetas e/ou Planetóides e Asteróides.  Dentro dessa convivência mais cósmica e universalizada, vimos que existem os Planetas chamados de Pessoais - porque alquimizam para si mesmos os arquétipos mais pessoalizados a serem exercidos através nossas formas mais materializadas de acionarmos as energias masculina e feminina - Marte e Vênus - bem como nosso uso de mente e seu acionamento para nosso uso de nossas mãos e o tecimento de nossas vidas - Mercúrio e Vulcano.

Estaremos agora conversando acerca nossa convivência com os chamados Planetas Sociais, Júpiter e Saturno - que alquimizam para si mesmos os arquétipos que fazem a fusão entre nossos primordiais Sublimes Yang e Yin - Sol e Lua - e também entre nossos Planetas Pessoais - Vulcano, Mercúrio, Vênus e Marte - com nossa vivência sendo atuada a partir de nós mesmos, singularizados, em relação ao nosso Outro, nos trazendo nossa pluralidade e nossa coletividade e nossa socialização e nos preparam, de forma mais completa, digamos assim, para nossa atuação já em relação aos Planetas chamados de Transpessoais ou Universais, Urano, Netuno e Plutão (levando ainda em consideração o fato de Quíron estará atuando enquanto Ponte entre os Sublime Yang e Yin, os Planetas Pessoais e Sociais com os Planetas Transpessoais.

Júpiter estará trazendo para si a imagem do Sublime Yang mais humanizado, digamos assim, tomando seu lugar no trono ao alto do Olimpo, regendo todos os deuses e todos os homens, porém já dentro do Mundo da Manifestação.

E por que estaríamos dizendo isso?  Porque, dentro do ponto de vista físico e astronômico, Júpiter é considerado quase um Sol!  Ou seja, é como se fosse um quase segundo sol dentro do nosso sistema solar, devido à sua imensa massa quase à beira de poder produzir muita e muita energia, assim como vemos acontecendo com nosso Sol.  E também existe uma outra razão: essa mesma imensa massa jupiteriana faz acontecer o fato de que os raios solares não transpassam suas fronteiras e por isso mesmo, nossa Terra, nossa Mãe-Gaia, pode realizar a vida dentro da natureza, assim como a conhecemos.  Sem essa imensa massa do corpo jupiteriano, os raios solares não seriam detidos e a Terra seria um monte de gelo, sem vida.

Sabemos que a Mitologia não é simplesmente criada do nada - a partir do inconsciente pessoal que se agrega ao inconsciente coletivo dos homens.  Não. Esse nada não existe: é sempre preciso haver uma razão física para que a metafísica possa acontecer.  E é certo se dizer que o inverso dessa afirmação também acaba se fazendo presente, vide os casos dos Planetas Transpessoais que já existiam na Mitologia e no inconsciente coletivo mas que somente se apresentarem ao nosso consciente bem recentemente, após a invenção do telescópio.

No caso de Júpiter - inteiramente visível e bem visível em função de sua extrema luz produzida por seu imenso corpo além daquela que reflete a luz do Sol sobre si -, a ele foi doado o grande poder de ser o deus dos deuses exatamente pelo fato de ser considerado um segundo sol dentro do nosso sistema solar!

E é por todas essas razões, que vemos o arquétipo jupiteriano acontecendo através de sua ação de justiceiro e benfeitor - a ele cabem as decisões de justiça para os deuses e para os homens bem como as decisões de proteção dos deuses e dos homens.  Sendo um ‘herdeiro’, digamos assim, do Sublime Yang representado por nosso Sol, nosso doador de vida nesse sistema solar em que vivemos, Júpiter nos inspira nosso Dharma fundamental, ou seja, nossa identidade essencial e natural e intrínseca que é vivenciada desde sempre e para sempre e através todas vivências sucessivas, nossas encarnações, através nossa Alma (que traz em seu bojo nosso Sublime Yang, nosso Sol) encarnada no corpo físico e perfazendo a representação de nosso Sublime Yin.

Quanto a Saturno, também nesse Planeta podemos presenciar uma ‘herança’, digamos assim, doada pelo Sublime Yang, nosso Sol, nosso doador de vida: é a grande responsabilidade que temos que ter em relação às nossas vivências sucessivas, às nossas encarnações propriamente ditas - fundamentalmente aqui, em nosso Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia, nosso lugar de materialização plena, de vida dentro da natureza, assim como a conhecemos.

Por que digo ‘responsabilidade’?  Porque, em primeiro lugar, estamos falando de Alma eterna e constante porém sempre apresentando sua duração e sua efemeridade, digamos assim, sempre que adentra um corpo físico, uma encarnação, de forma a que a mente possa realizar sua evolução: a única coisa que levamos de uma encarnação à outra, é nossa mente.

E, em segundo lugar, essa responsabilidade reside no fato de que cada encarnação é um momento ímpar dentro do processo da evolução da mente - processo este acionado pela Alma que traz em seu bojo, o Espírito.

Quando estudamos sobre Alma e Espírito, vimos que a Alma é plural e apresenta essa pluralidade dentro de sua possibilidade de adentrar o corpo  físico.  E vimos que o Espírito é singular e não exatamente pode ser contido por um corpo físico, ele permanece sempre atrelado ao Tao da Criação e ao Mundo da Não-Manifestação.  Porém, existe uma representatividade desse Espírito que desce à encarnação, que adentra o corpo físico, que faz parte do Mundo da Manifestação: é a Alma.  Dentro dos conceitos da Astrologia da Alma, o Sublime Yang é representado por nosso Sol, nosso doador de vida, nosso Pai Divino imajado por nossa estrela mais próxima; e o Sublime Yin é representado por nossa Lua, aquela que perfaz o arquétipo de Mãe.

Voltando a Saturno, sua responsabilidade repousa o fato de que é exatamente no Planeta Terra que a vida dentro da natureza acontece, assim como a conhecemos, dentro da plenitude da materialização.  Porém essa vida precisa aqui se desenvolver, se realizar dentro da mente em evolução constante e que traz para si seu Trabalho e sua Iluminação - questões fundamentais a acontecerem nessa Estação Terra.

É Saturno quem nos traz essa compreensão de responsabilidade plena em relação à nossa materialização e às nossas missões a serem cumpridas dentro dessa materialização: é essa a responsabilidade sobre a qual estamos comentando!

Saturno nos aponta para os limites existentes dentro da matéria, dentro de nossa evolução no Planeta Terra:  ao cumprirmos realmente com nosso Trabalho e com nossa Iluminação, ao perfazermos esses Caminhos, certamente esses limites poderão ser extrapolados!

E por que Saturno nos aponta para os limites?  Porque Saturno é um Planeta que se situa em tal posicionamento dentro do Sistema Solar que é o umbral de visão desde o Sol até ele e também é o umbral de visão desarmada, a olho nú, desde si até Plutão!  E, por estas razões, Saturno é chamado de Senhor do Umbral.

Ao nos apontar para nossos limites de forma que possamos alcançar nossa Luz dentro da materialização plena de encarnação no Planeta Terra - possivelmente através vivências sucessivas várias, - Saturno estará atuando não somente como Senhor do Umbral mas também como Senhor do Karma.

Dentro do processo de evolução da mente, a Alma vai vivenciando encarnações sucessivas e estas acontecem através nosso Dharma ser por nós atuado dentro de nossa essencial maneira de ser e tudo isso vai ativando nosso Livre-Arbítrio dentro do comando de nossa mente em termos de nossas ações e de nossas reações - são as questões voltadas para os conceitos de Karmas e Samskaras.

Para que alcancemos realmente a completude de nossas missões de Trabalho e nos coloquemos em nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação (primeiramente, da Iluminação, e posteriormente, da Liberação), é preciso que nosso Dharma alcance uma pureza realmente sublime que acione nosso livre-arbítrio no sentido de não mais praticarmos Karmas negativos e de irmos - através várias e várias encarnações sucessivas - resgatando todos os Samskaras negativos de forma que alcancemos uma encarnação sem Karmas negativos a serem resgatados e com o livre-arbítrio inteiramente evoluído através a mente que simplesmente quer vivenciar seu Dharma, sua essência mais essencial e finalmente, cumprir sua grande missão de vida!

E aqui novamente encontraremos uma outra denominação para Saturno: o Senhor do Tempo, Cronos.  O tempo anda para frente e não para trás.  Saturno está sempre nos avisando sobre nossa responsabilidade a respeito de nossa encarnação e sobre nossa necessidade de resgatarmos todos nossos Karmas negativos e não mais realizarmos outros karmas negativos de forma a não mais criarmos Samskaras negativos para que alcancemos a evolução plena da mente através nossa  essência essencial, nosso Dharma, plenamente consciente e vivenciado através nosso livre-arbítrio.  E tudo isso tem que acontecer através nossas vivências sucessivas, nossas encarnações várias.  E isso é determinado pelo Tempo.
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Portanto, ao falarmos sobre Júpiter e Saturno, dentro da Astrologia da Alma, estaremos conscientes das questões acima comentadas e estaremos conscientes do fato de que são questões a serem atuadas não apenas pessoalmente e sim socialmente.  Ou seja, ninguém vive sozinho numa ilha.  Pode até viver, mas esta ilha estará rodeada de um oceano pleno de vida e de outras ilhas e de continentes plenos de vida, de seres, de natureza, como um todo!

Nosso Dharma, nossa essencial essência  de nos manifestarmos dentro de nossas vidas - essência esta que repousa em nossa Alma, que é intrínseca à nossa Alma - sempre terá que ser vivenciada em nossa singularidade, sim, porém essa singularidade de nosso Eu Sou sempre estará tendo que conviver com nosso Outro, com nosso Nós Somos!

Nossos Karmas e Samskaras são sempre acontecidos através nosso Eu Sou sendo acionado para tanto, em nosso livre-arbítrio ordenado pela nossa mente, sim, porém esse Eu Sou sempre estará tendo que conviver com nosso Outro, com nosso Nós Somos: as ações e reações acontecem sempre de forma a entrelaçar nós mesmos, em nossa singularidade, ao nosso Outro, em nossa pluralidade.


Por tudo isso, Júpiter e Saturno fazem as vezes de arquétipos denominados de Planetas Sociais - aqueles que trazem em si o conjunto de nossos Sublimes Yang e Yin e de nossas ações singulares dentro dos chamados Planetas Pessoais, Vulcano, Mercúrio, Vênus e Marte - e que atuam nosso Eu Sou dentro de nossa inter-relação constante com nosso Outro, com nosso Nós Somos.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
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